Absenteísmo Odontológico: Quanto sua empresa perde por dor de dente? (Cálculo Real)

Você controla o ponto eletrônico, gerencia o banco de horas, planeja as férias com antecedência. Mas existe um fator que você simplesmente não consegue prever: a dor súbita.
E quando se trata de dor de dente, não existe meio-termo. Ou você está bem, ou está implorando por um dentista às 3 da manhã.
Aqui está um dado que muitos gestores desconhecem: a dor de dente é uma das causas mais comuns de afastamentos médicos de curto prazo — aqueles atestados de 1 a 3 dias que aparecem do nada e bagunçam toda a escala da semana.
Agora, deixa eu te fazer uma pergunta que vai mudar a forma como você enxerga benefícios:
E se eu te dissesse que sai mais barato pagar o plano odontológico do funcionário o ano inteiro do que arcar com o prejuízo de um único dia de falta por dor de dente?
Parece exagero? Vamos aos números.
A Matemática do Prejuízo (Faça as contas)
Vou te mostrar um cálculo simples que todo CFO e gestor de RH deveria fazer antes de decidir se "vale a pena" oferecer plano odontológico.
Quanto custa o plano odontológico por ano?
Um plano empresarial básico (Rol da ANS) custa entre R$ 15 e R$ 30 por mês por funcionário. Fazendo as contas anuais:
- Investimento anual: R$ 180 a R$ 360 por funcionário
Quanto custa um dia de trabalho perdido?
Aqui a conta fica mais complexa, mas vamos ser conservadores:
- Salário + encargos: Se o funcionário ganha R$ 3.000/mês, o custo real para a empresa (com encargos) é cerca de R$ 4.200/mês. Um dia útil = aproximadamente R$ 200.
- Perda de produtividade: O trabalho que não foi feito, o prazo que atrasou, o cliente que não foi atendido. Isso é difícil de quantificar, mas pode facilmente adicionar outros R$ 100 a R$ 300 ao prejuízo, dependendo da função.
- Custo de retrabalho: Alguém precisa cobrir, fazer hora extra, ou o trabalho simplesmente se acumula.
Total conservador por dia de falta: Entre R$ 200 e R$ 500, dependendo do cargo e da criticidade da função.
O Veredito:
Um único episódio de dor de dente que resulte em um atestado de 1 dia já custa o mesmo (ou mais) que pagar o plano odontológico daquele funcionário durante o ano inteiro.
Se a dor for mais séria e virar um atestado de 3 dias (comum em casos de canal não tratado ou extração complexa), você já pagou por 3 anos de plano.
Faz sentido agora?
Presenteísmo: O funcionário que está, mas não produz
O absenteísmo odontológico é ruim, mas existe algo ainda pior e mais silencioso: o presenteísmo.
É aquele funcionário que está fisicamente presente, mas mentalmente ausente. Ele não faltou porque "aguentou" a dor tomando três comprimidos de analgésico. Mas está ali, no posto, rendendo 30% do que normalmente renderia.
O impacto invisível:
- Concentração reduzida: Quem está com dor latejante não consegue focar. O erro operacional aumenta, a qualidade do trabalho despenca.
- Risco de acidentes: Em setores operacionais ou que envolvem máquinas, um funcionário distraído por dor é um acidente esperando para acontecer.
- Clima organizacional: Quem está com dor fica irritado, impaciente, menos colaborativo. Isso contamina o ambiente.
A solução preventiva:
O plano odontológico permite que o funcionário trate os problemas antes que virem emergências. Uma cárie identificada numa limpeza de rotina vira uma obturação de 30 minutos. Se deixar para doer, vira um canal de 3 sessões ou uma extração.
Prevenção não é só boa prática — é economia direta. É o clássico "uma grama de prevenção vale mais que um quilo de cura".
Saúde Bucal é Saúde Sistêmica (O impacto no Plano Médico)
Aqui está algo que poucos gestores percebem: investir em saúde bucal reduz o custo do plano de saúde médico.
Parece mágica, mas é ciência.
A boca não é um sistema isolado. Bactérias e inflamações bucais entram na corrente sanguínea e impactam o corpo inteiro. Quando a saúde bucal está negligenciada, o risco de várias condições sistêmicas graves aumenta significativamente.
Doenças que pioram (e encarecem) com má saúde bucal:
Endocardite: Bactérias da boca podem chegar ao coração e causar infecção nas válvulas cardíacas — uma condição grave que exige hospitalização prolongada e antibióticos pesados.
Diabetes: A inflamação crônica na gengiva (periodontite) dificulta o controle da glicemia. Pacientes diabéticos com problemas bucais têm muito mais dificuldade de controlar a doença.
Complicações na gravidez: Gestantes com doença periodontal têm risco significativamente maior de parto prematuro e bebês com baixo peso ao nascer.
Doenças cardiovasculares: A inflamação constante aumenta o risco de entupimento de artérias, infartos e AVCs.
O dado de ouro:
Um estudo publicado no Journal of Periodontology mostrou que funcionários com doença periodontal custam cerca de 25% a mais em despesas médicas totais quando comparados a funcionários com saúde bucal em dia.
Pense nisso: você está pagando 25% a mais no plano de saúde médico porque não investiu no odontológico.
É literalmente jogar dinheiro pela janela.
Arbitragem de Benefícios: A estratégia do CFO
Agora vamos falar uma linguagem que todo CFO e controller entende: arbitragem de custos.
A ideia é simples: investir em um benefício barato para economizar substancialmente em outro caro.
A lógica financeira:
- Você investe R$ 20 por mês no plano odontológico
- Isso reduz as despesas do plano de saúde médico (que custa R$ 200 a R$ 500 por vida)
- Resultado: ROI positivo direto
Como funciona na prática:
O plano odontológico incentiva e facilita a limpeza profissional (profilaxia) duas vezes por ano. Esse procedimento simples, que dura 30 minutos, previne cerca de 80% dos problemas graves bucais.
É literalmente uma manutenção preventiva da sua força de trabalho.
Você faz manutenção preventiva nos equipamentos da empresa, nos sistemas de TI, na frota de veículos. Por que não faria na saúde do seu time?
Outros benefícios da prevenção odontológica nas empresas:
- Redução de atestados médicos de curto prazo
- Melhora no clima organizacional (gente sem dor é gente mais feliz)
- Aumento na percepção de valor dos benefícios oferecidos
- Menor rotatividade (benefícios bem estruturados retêm talentos)
Como implementar sem aumentar o custo fixo?
Eu sei o que você está pensando: "Tá, os números fazem sentido, mas o orçamento deste ano já está fechado e não sobrou margem para mais nenhum benefício."
Entendo perfeitamente. Mas existe uma solução inteligente que não aumenta em um centavo o custo fixo da empresa.
Opção Facultativa (Desconto em Folha):
Em vez de a empresa pagar o plano para todos, você pode simplesmente disponibilizar o plano para adesão voluntária. Funciona assim:
- A empresa negocia as melhores condições com a operadora (usando o CNPJ e o volume de potenciais usuários)
- O funcionário que quiser aderir autoriza o desconto em folha
- A empresa apenas repassa o valor, sem custo adicional
O resultado:
- A empresa não gasta nada (custo zero)
- O funcionário ganha acesso a preços corporativos, que são 50% a 70% menores que o particular
- Todo mundo ganha: empresa resolve o problema de acesso, funcionário economiza, e operadora vende
Essa estratégia funciona especialmente bem para empresas que estão começando a estruturar um pacote de benefícios ou que têm orçamento limitado.
Alternativa híbrida:
Outra opção é a empresa pagar o plano básico para todos (R$ 15 a R$ 20/mês, cabível em praticamente qualquer orçamento) e oferecer upgrades opcionais (ortodontia, estética) via desconto em folha para quem quiser.
Dessa forma você garante a prevenção básica para 100% do time, mas não estoura o orçamento com procedimentos eletivos.
Os motivos de faltas no trabalho: Dados reais
Vamos colocar o absenteísmo odontológico em perspectiva com outras causas de falta ao trabalho.
Principais motivos de atestados médicos de curto prazo:
- Problemas musculoesqueléticos (dores nas costas, LER) — 30% dos atestados
- Problemas respiratórios (gripes, resfriados) — 20% dos atestados
- Problemas gastrointestinais — 15% dos atestados
- Problemas odontológicos — 10% a 15% dos atestados
- Outros — 20% a 25%
Repare que problemas odontológicos estão entre os top 5 motivos. E são os mais fáceis de prevenir através de um benefício estruturado.
Você não consegue evitar que um funcionário pegue gripe (embora você tente com campanhas de vacinação). Mas você consegue evitar que ele tenha uma dor de dente incapacitante através de check-ups regulares.
Sorriso é produtividade
Vou ser direto: plano odontológico não é "aquele benefício bonitinho para melhorar o pacote". Não é estética corporativa.
É uma ferramenta legítima de gestão de risco e produtividade.
Quando você oferece acesso facilitado a cuidados odontológicos, você está:
- Reduzindo absenteísmo
- Minimizando presenteísmo
- Diminuindo custos com plano de saúde
- Melhorando clima organizacional
- Aumentando a retenção de talentos
Tudo isso por um investimento que pode ser menor que uma caixa de café para o escritório.
A pergunta não é "será que vale a pena oferecer plano odontológico?". A pergunta certa é: "será que minha empresa pode se dar ao luxo de NÃO oferecer?"
Quer ver quanto custa implementar essa proteção na sua empresa e fazer o cálculo específico para o seu cenário? Confira a tabela de preços detalhada no nosso Guia Completo de Plano Odontológico Empresarial.
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