Plano Odontológico cobre Aparelho e Implante? A verdade sobre o Rol da ANS e Planos Premium

Você contratou aquele plano odontológico de R$ 20,00 por mês, todo animado. Aí chegou no consultório querendo colocar um aparelho estético e levou um "não" na cara. Frustante, né?
A resposta curta é: depende do seu plano. Se for o básico (aquele que segue o Rol da ANS), a resposta é não. Mas calma, isso tem uma explicação — e tem solução também.
Neste post, vou te mostrar exatamente o que está coberto no plano básico, por que aparelho e implante ficam de fora, e quais são suas opções se você realmente precisa desses procedimentos.
O que o Rol da ANS obriga a cobrir? (O "Básico")
Primeiro, é importante entender o que é esse tal de Rol da ANS. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) define uma lista mínima de procedimentos que todo plano odontológico precisa cobrir obrigatoriamente. O foco aqui é saúde bucal, não estética.
O que está incluso no plano básico:
- Prevenção: Limpeza semestral e aplicação de flúor
- Restaurações: Tratamento de cáries (aquelas massinha branca ou de resina)
- Endodontia: Tratamento de canal quando o nervo do dente inflama
- Cirurgias: Extrações simples e complexas, incluindo o temido siso
- Próteses: Coroas, pontes e dentaduras (falaremos mais disso adiante)
A lógica é simples: um plano básico resolve cerca de 90% dos problemas reais de saúde bucal. É o essencial para você não ter dor, infecção ou perder dentes por falta de cuidado.
Por isso a mensalidade é tão baixa — entre R$ 15 e R$ 30 em planos empresariais.
Ortodontia (Aparelho): Por que não está no básico?
Aqui começa a confusão. Se o plano odontológico cobre aparelho é uma das dúvidas mais buscadas no Google, mas a resposta não é o que a maioria quer ouvir.
A realidade: Aparelho ortodôntico é considerado um tratamento de longo prazo e alto custo. Você tem a instalação inicial (que já passa dos R$ 2.000), mais manutenções mensais que podem durar de 18 a 36 meses.
Simplesmente não cabe numa mensalidade de R$ 20,00.
A solução: Para ter cobertura de documentação ortodôntica (aqueles raios-x panorâmicos), instalação e manutenção mensal, você precisa contratar um plano específico — geralmente chamado de "Plano Orto" ou "Plano Premium".
A diferença de preço? Enquanto o básico custa R$ 15 a R$ 30, o plano com ortodontia salta para algo entre R$ 80 e R$ 150 mensais. É uma diferença considerável, mas faz sentido quando você olha o custo total do tratamento.
Se você está procurando um plano orto, é fundamental entender essa diferença antes de assinar qualquer contrato.
Implantes vs. Próteses: A Grande Confusão
Esse é o ponto onde muita gente se perde. Vamos esclarecer de uma vez por todas.
O mito: "Meu plano cobre prótese, então cobre implante." Errado.
A diferença técnica:
Prótese (Coberta no Rol da ANS): É a parte visível — a coroa (o "dente" artificial), as pontes móveis ou as dentaduras completas. Isso o plano básico cobre sim, porque é considerado essencial para você mastigar e não ter problemas funcionais.
Implante (NÃO coberto no Rol da ANS): É o parafuso de titânio que é cirurgicamente fixado no osso da mandíbula. É uma cirurgia complexa, com custos elevados (entre R$ 2.000 e R$ 5.000 por implante no particular). O Rol da ANS não obriga a cobertura de implantes.
Então se o plano odontológico cobre implante, é só em casos muito específicos e raros.
Existe plano que cobre? Sim, mas são raros e caros. Geralmente acima de R$ 120 por mês, com carências longas (24 a 36 meses) e limitação de quantidade. Não é o padrão do mercado.
Entender a diferença entre prótese e implante ANS é crucial para não criar expectativas erradas.
Estética: Clareamento e Lentes
Se você está pensando em procedimentos estéticos, prepare-se para abrir a carteira.
A regra geral: Procedimentos puramente estéticos como clareamento a laser, facetas de porcelana, lentes de contato dental e harmonização orofacial não são cobertos pela grande maioria dos planos empresariais padrão.
Por quê? Porque não são considerados necessários para a saúde bucal. São melhorias estéticas, não tratamentos médicos.
Exceção: Alguns planos Premium Top de linha oferecem clareamento caseiro (aquele com gel e moldeira) como diferencial. Mas isso não é comum no plano básico de jeito nenhum.
Tabela Resumo: O que cobre vs. O que não cobre
Para facilitar sua vida, preparei esta tabela comparativa:
Salve essa tabela para consultar quando precisar!
Estratégia para Empresas: O "Upgrade"
Se você é do RH e está pensando "não tenho orçamento para pagar R$ 100,00 num plano orto para todo mundo", tenho uma solução inteligente para você.
O dilema: Você quer oferecer um bom benefício, mas não pode estourar o orçamento.
A solução: A empresa paga o Plano Básico (R$ 20,00 a R$ 30,00) para todos os funcionários. Quem quiser aparelho ortodôntico, implante ou estética pode fazer um upgrade pagando a diferença do próprio bolso via desconto em folha.
Vantagem para todos:
- A empresa garante saúde bucal básica para 100% do time
- O funcionário que quer estética acessa preços muito melhores que no particular (geralmente 30% a 50% mais barato)
- Você não precisa escolher entre dar tudo para poucos ou nada para muitos
Essa estratégia de coparticipação tem funcionado muito bem em empresas de todos os portes.
Conclusão
Vamos recapitular: o plano básico é focado em saúde — resolver problemas, evitar dor e perda dentária. O plano Premium é para estética e correção — aparelho, clareamento, e em raros casos, implantes.
Ambos são importantes, mas têm propósitos e preços diferentes. A questão não é qual é melhor, mas qual atende suas necessidades reais neste momento.
Se você está procurando um plano odontológico empresarial e quer entender os valores exatos dos planos básicos versus premium das principais operadoras, vale a pena consultar um corretor especializado.
Sua equipe está pedindo cobertura de aparelho ortodôntico? Fale com a Lifebis e monte uma grade de planos onde a empresa paga o básico e o funcionário pode fazer o upgrade para o Orto. É a solução inteligente que cabe no orçamento e satisfaz todo mundo.
Protegendo o futuro da sua equipe.

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